Entenda a angústia da separação ou crise dos 8 meses

A angústia da separação, crise dos 8 meses ou ansiedade da separação, é um  momento na vida do bebê, que na maioria dos casos é marcado por choro constante, birras, falta de apetite, noites de sono agitadas e um apego maior a mãe. Esse fato causa preocupação e desespero aos pais do bebê, que normalmente não sabem a causa da mudança de comportamento repentina ou como lhe dá com a situação.


Por aqui passamos por essa fase, a Júllia ficava sempre muito grudada em mim e no pai e normalmente não queria ficar com outras pessoas que não fosse a gente ou os avós dela. A noite por aqui era agitadíssima, acordando quase de hora em hora só para verificar se estávamos lá mesmo, e quando estava perto de completar 1 ano, quando já estava melhorando essa fase, tentamos colocá-la na creche para eu poder voltar a trabalhar. Não conseguimos fazer a adaptação da Jú justamente por ela estar passando por essa angústia e até piorou tudo. Ela não ficava mais feliz, chorava desconsoladamente para não ficar na creche e quase não brincava mais conosco. Na segunda semana tentando adapta-la, eu cedi ao instinto e tirei ela de lá, depois de um tempo tudo normalizou e graças a Deus passamos dessa crise.

Essa fase, que ocorre geralmente por volta dos 8 meses, podendo ser antes ou até se estender pelo primeiro ano de vida, é um importante salto de no desenvolvimento cognitivo do bebê, ela é causada pelas novas descobertas do bebê e frustração. Ele que fez parte do corpo de sua mãe por 9 meses, e a enxergou como parte dele, os dois como um só, durante os primeiros meses de vida, acaba descobrindo por volta dos 6 meses a sua existência, que é quando ele descobre suas mãos, pés e seu corpo e vê que sua mãe é um ser independente dele. 

Isso ocasiona o medo de ser deixado sozinho, medo do abandono e que sua mãe desapareça. Por mais simples que pareça, isso pode ser muito mais delicado, pois durante algum tempo o bebê só sabe dá existência de mundo até onde sua visão alcança, o que está em seu campo de visão existe, o que sai de sua vista para de existir para ele. Essa forma de ver as coisas, faz com que uma simples saída da mãe, por poucos minutos, já cause um certo desespero no pequeno e que o deixe ainda mais angustiado.

Aos poucos com a maturidade, e que ele for descobrindo que sua mãe vai, mas volta, ele vai se tornando independente e a fase vai passando, porque agora ele terá a certeza que a existência da sua mãe não deixa de existir quando ela sai de seu campo de visão.

Nessa fase, carinho, apoio, prontidão, e suprir as necessidades do bebê imediatamente, deixando-o sempre satisfeito é uma ótima forma de lhe dá com a situação. Brincadeiras de "achou", se escondendo com um paninho e fazendo gracinha, vai dá ao bebê essa noção do vai e volta, como também saidinhas rápidas em casa mesmo, avisando-o para onde vai que volta logo, ajudará também a ele distinguir os momentos e superar o medo. 

Quando o bebê acordar chorando a noite, tente que a própria mãe vá consola-lo e mostrar que está lá quando precisar!

Evitar passar o bebê de colo em colo, principalmente na presença da mãe é muito importante, pois isso causa a ele pânico e leva-o ao choro. O bacana é coloca-lo no chão, brincar, a mãe dá uma saidinha com o bebê vendo e a pessoa que já estará lá brincando também "salva-lo" de estar só, pegando o bebê no colo.

Mudanças repentinas, saídas de fininho, adaptação escolar, e grandes períodos longe do bebê deve-se ser evitado ao máximo nessa época, pois o momento é de adaptação, reconhecimento, ruptura e todas essas situações podem agravar ainda mais.

Portanto, amor e cuidado é o que mais se precisa nessa fase de angústia da separação, tudo que seu bebê precisa saber, entender e se assegurar é que a mamãe sempre estará com ele, que quando ela sair, ela vai voltar e que ele pode viver independente dela, mas com muito apego e paciência, e logo a crise passa e tudo volta a sua normalidade.

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2 comentários:

  1. São tantas fases e mudanças, não é mesmo?
    E mesmo sendo mãe pela terceira vez, eu aprendo a cada dia com elas mais ainda.
    Beijinhos!
    https://dulcineiadesa.blogspot.com

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  2. Oi Ramonnielly!!
    Minha filha está com 3 meses e quando eu voltar a trabalhar, ela estará com 7 meses.
    Estou preocupada com esta fase, pois é justamente quando começo a ficar mais distante dela por conta do trabalho e ela ficará com os avós maternos.
    Boas dicas você deixou :)

    Abraços...


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